27.04.2021

Barómetro dos transportes da TIMOCOM: Início do ano com valores acima dos registados antes da crise

Primeiro trimestre de 2021 supera o valor do período homólogo em 58 % – mais 10 milhões de cargas introduzidas do que em 2020 – escassez de capacidades possível após o incidente com o “Ever Given”

Barómetro dos transportes da TIMOCOM

Erkrath, 27.04.2021 – O primeiro trimestre de 2021 dá motivos de confiança a todos. Segundo o Barómetro de transporte da TIMOCOM, calculado com base nas cargas introduzidas em 46 países europeus, o primeiro trimestre supera em 58 % o trimestre homólogo após um início de ano tranquilo. Na totalidade do trimestre, foram introduzidas mais 10 milhões de cargas face ao período homólogo de 2020.

Segundo o Barómetro de transporte da TIMOCOM, o primeiro trimestre de 2021 supera o valor do ano anterior em 58 %. Na totalidade do trimestre, foram introduzidas mais 10 milhões de cargas face ao período homólogo de 2020. O mês mais forte do trimestre foi março. Em comparação com os valores de março de 2019, constata-se que não só o número de cargas introduzidas recuperou em março de 2021 das oscilações motivadas pela crise, como aumentou face ao nível registado antes da crise.

Bom início do ano

O ano começa com um recuo sazonal em janeiro de 2021 face a dezembro de 2020 (-16 %). Porém, em comparação com o mês homólogo do ano anterior, regista-se um aumento de quase um milhão de cargas introduzidas – ainda antes de os primeiros efeitos da pandemia de coronavírus se fazerem sentir na economia e do confinamento a nível europeu. Este aumento face ao ano anterior acentua-se em fevereiro de 2021, que regista um acréscimo de mais de 3 milhões de cargas introduzidas face a 2020. No final do primeiro trimestre, este valor sobe para quase mais 6 milhões de cargas introduzidas em comparação com o mês homólogo de 2020. Em números, o primeiro trimestre de 2021 regista a seguinte evolução face a 2020: aumento das ofertas de carga de 13 % em janeiro, 80 % em fevereiro e 91 % em março. No seu conjunto, o primeiro trimestre de 2021 foi 58 % mais forte do que o trimestre homólogo em 2020.

No entanto, março do ano passado marcou um ponto de viragem em virtude do confinamento europeu, da paralisação generalizada das empresas produtoras e, com exceção do comércio de retalho alimentar, da quebra dos volumes de entregas. Comparando os números de cargas introduzidas em março de 2021 com março de 2019, um período sem uma situação excecional, verifica-se que o aumento das cargas introduzidas em março de 2021 está 138 % acima da média. Consequentemente, não só o número de cargas introduzidas recuperou das oscilações motivadas pela crise, como aumentou face ao nível registado antes da crise.

Transporte doméstico em alta na Alemanha, na Polónia e na França

Em comparação com os valores de 2020, o tráfego interno na Alemanha regista uma evolução extremamente positiva face ao início do ano: aumento das cargas introduzidas de 5 % em janeiro, 104 % em fevereiro e 114 % em março de 2021. A evolução do mercado interno na Alemanha durante o primeiro trimestre de 2021 refletiu assim a realidade do mercado europeu. Em janeiro registou-se um ligeiro aumento das cargas introduzidas. Esta tendência acentuou-se de forma expressiva em fevereiro e continuou em março, atingindo um novo patamar. Esta tendência deixa antever um forte segundo trimestre, desde que não seja decidido um confinamento muito rigoroso que afete as empresas produtoras.

No que se refere ao transporte rodoviário de mercadorias na Polónia, o panorama é semelhante. Em comparação com os valores de 2020, as cargas introduzidas no mercado interno polaco evidenciam uma forte subida em cada um dos três meses: 50 % em janeiro, 80 % em fevereiro e 146 % em março de 2021. Estes valores dão a entender que o crescimento económico na Polónia está a ganhar velocidade. Segundo os dados do instituto nacional de estatística da Polónia, o GUS, a economia polaca registou uma contração relativamente suave de 2,8 % do PIB no ano da crise de 2020. Com estes ventos favoráveis e os efeitos de recuperação evidentes no primeiro trimestre, é possível que esta tendência se prolongue para o segundo trimestre de 2021.

Também em França é evidente uma vincada tendência de alta no mercado interno no primeiro trimestre. O ano começou com um retrocesso de 11 % nas cargas introduzidas a nível interno em comparação com o ano anterior. Em fevereiro, regista-se uma melhoria sensível de 35 %. Para finalizar o trimestre, regista-se um forte incremento de 94 % no volume de cargas introduzidas em comparação com março de 2020.

Escassez de camiões irá aumentar

É notória uma redução acentuada no espaço de camiões disponível no primeiro trimestre de 2021. Chegam a registar-se quebras entre -3% e -25 %. Esta tendência negativa resulta da forte procura de transportes. É de esperar que a situação venha a agravar-se com o incidente com o “Ever Given”. A necessidade de transporte rodoviário de mercadorias vai aumentar e, consequentemente, o espaço disponível nos camiões vai diminuir ainda mais. “Não haverá capacidade para escoar rapidamente o grande volume de mercadorias que agora ruma aos portos. Além disso, as capacidades disponíveis a nível de camiões estão limitadas nos próximos tempos. Isto condicionará fortemente as capacidades de transporte disponíveis na Europa continental nas próximas semanas”, afirma Gunnar Gburek, Porta-Voz da TIMOCOM, numa análise às consequências do incidente.

Com o barómetro de transporte, a empresa de FreightTech TIMOCOM faz, desde 2009 em 46 países europeus, um levantamento da evolução da oferta e da procura dos transportes na bolsa de cargas integradas no Smart Logistics System. Mais de 135 000 utilizadores geram até 800 000 ofertas internacionais de cargas e camiões diariamente. O sistema ajuda os mais de 45 000 clientes da TIMOCOM a atingirem os respetivos objetivos de logística de forma inteligente, segura e simples.

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